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Projeto de Sinalização e Reconhecimento de Lugares de Memória dos Africanos Escravizados é lançado


Foto: Sandra Aleixo


Rio de Janeiro, 30 de novembro.

O Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB), no Rio de Janeiro, foi palco do lançamento do Projeto de Sinalização e Reconhecimento de Lugares de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil. O ato, marcado pela assinatura de um acordo de cooperação, contou com a presença de da Ministra do Ministério da Igualdade Racial, Anielle Franco, Silvio Almeida dos Direitos Humanos e Cidadania, e representantes dos Ministérios da Educação e Cultura, além de Leandro Grass Presidente do IPHAN, e membros de organizações como Unesco, BNDES e Petrobras, assim como representando o Centro Palmares Sandra Aleixo.


O projeto tem como objetivo primordial proporcionar visibilidade à rica história e memória da matriz africana no Brasil. Para alcançar tal intento, será realizada a identificação e reconhecimento de cem lugares de memória de africanos escravizados em todo o território nacional. A ação inclui a instalação de placas informativas nos locais escolhidos, bem como a promoção de estudos e ações educativas e culturais em consonância com a Lei nº 10.639/2003, o Programa Nacional em Direitos Humanos e o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos.


Foto: Sandra Aleixo


O objetivo é fomentar a educação formal e antirracista, garantindo que a população brasileira tenha acesso a uma narrativa mais completa e fidedigna acerca das contribuições intelectuais, tecnológicas, literárias, sociais e acadêmicas do povo negro.


A ministra Anielle Franco enfatizou a importância desse projeto, destacando que a história oficial, muitas vezes contada a partir da perspectiva dos colonizadores, carece da riqueza das narrativas negras. Franco ressaltou a necessidade de reconhecimento e valorização das histórias a partir das próprias memórias, cultura e narrativas, enfatizando que a superação do racismo depende de um esforço coletivo.


Dentro do escopo do projeto, estão previstas ações como o desenvolvimento de um aplicativo de afroturismo, a publicação dos lugares de memória dos africanos escravizados no Brasil, bem como exposições fotográficas virtuais e físicas, interativas e itinerantes. Todos esses materiais serão produzidos em versão trilíngue, contemplando os idiomas português, espanhol e inglês.


No evento, também foi destacado o descerramento da placa alusiva à sinalização e reconhecimento do Cais do Valongo, reconhecido como patrimônio mundial pela Unesco. No último dia 20 de novembro, o MUHCAB assinou outro acordo de cooperação técnica com o BNDES e MINC, reforçando o compromisso com a preservação e valorização da memória e herança africana, além do fortalecimento das instituições culturais na região da Pequena África e no sítio arqueológico Cais do Valongo. O evento representa um marco significativo na busca por uma narrativa mais inclusiva e justa da história brasileira.



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