O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na última sexta-feira (22) a indicação da advogada Vera Lúcia Santana Araújo para uma das vagas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Centro Palmares parabeniza Vera Lúcia por sua indicação, que será a segunda mulher negra a integrar o TSE, assumindo a posição de ministra substituta na classe de juristas, em substituição ao mandato encerrado de Maria Cláudia Bucchianeri, em agosto.
Em junho deste ano, Lula já havia nomeado a advogada Edilene Lobo como ministra substituta, tornando-a a primeira mulher negra a integrar o TSE. A formalização da escolha de Vera Lúcia será realizada através de uma edição extraordinária do Diário Oficial da União, destacando um passo de compromisso do governo com a representatividade no tribunal eleitoral.
Vera Lúcia Santana Araújo
Natural de Livramento de Nossa Senhora - BA, Vera Lúcia, de 63 anos, mudou-se para Brasília aos 18 anos, onde concluiu sua formação em Direito pelo UniCEUB. Atualmente, ela é integrante do Conselho Econômico e Social da Presidência da República e membra da coordenação executiva da ABJD - Associação Brasileira de Juristas pela Democracia.
Seu histórico inclui ainda trabalhos como conselheira da Comissão de Anistia Política do Ministério da Justiça, conselheira do Conselho Penitenciário do Distrito Federal e participante da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB.
Vera Lúcia é reconhecida como uma das fundadoras da Frente de Mulheres Negras do Distrito Federal, tendo ocupado cargos importantes, como diretora da Fundação Cultural Palmares, presidente da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal e secretária-adjunta de Políticas para a Igualdade Racial do Distrito Federal.
A advogada, com 40 anos de experiência na advocacia, também foi indicada pela Coalizão Negra por Direitos para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), Vera Lúcia, comprometida com o movimento negro, desempenhou um papel significativo no Movimento Negro Unificado (MNU) e é atualmente membra da Frente de Mulheres Negras do Distrito Federal.
Sua nomeação para o TSE destaca não apenas sua competência jurídica, mas também sua contribuição para causas sociais e sua representatividade na mais alta instância eleitoral do país, fortalecendo a presença de mulheres negras em cargos de destaque no cenário jurídico nacional.
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